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Lavar as mãos previne infecções e doenças

O simples ato de lavar as mãos pode representar muito quando se pensa em prevenção. Diversas infecções e viroses que aparecem sem causa aparente podem ser fruto de descuido na higienização das mãos. Até mesmo epidemias podem ser evitadas. Vírus, fungos e bactérias estão por toda parte, mas a principal defesa do corpo humano, o sistema imune, também depende de como a saúde é protegida, sendo evitados problemas respiratórios, gastrointestinais e irritações de pele.

Segundo o biomédico Roberto Martins Figueiredo, o “Dr. Bactéria”, mais de 80% das doenças infecciosas são transmitidas pelas mãos. Por isso, os cuidados com a higienização devem ser tomados tanto por quem está com algum vírus, doença ou infecção, quanto por quem teve contato com alguém mais fragilizado no momento. A transmissão pode acontecer em momentos que passam, muitas vezes, despercebidos pelas pessoas.

Entre as situações, a infectologista pediátrica Fabianne Carlesse, membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE), cita alguns. “Se alguém tossir com a mão na boca, por exemplo, não higienizá-la e pegar alguma coisa que outra pessoa tocar, ou leva a mão à boca, acaba passando até uma infecção”, diz. A infectologista explica que o organismo fica mais suscetível a desenvolver todas as doenças vinculadas ao contato. Gripes, resfriados, hepatite e herpes estão entre elas.

Para que a higienização das mãos seja adequada, o biomédico Figueiredo recomenda que seja gasto, em média, de 25 a 30 segundos. Embora pareça exagero, o biomédico diz que “é o tempo mínimo para a lavagem das mãos”. O ideal é que as mãos sejam higienizadas sempre que surgirem situações que coloquem as pessoas em contato com possível contaminação. Depois de assoar o nariz, espirrar, antes de manusear alimentos e preparar refeições, mexer com dinheiro, antes e após também de cuidar de ferimentos, mexer no lixo e no jardim, entre tantos outros momentos.

“Por dia, lavar mais de oito vezes (as mãos), mas nunca acima de 25, pois os produtos químicos usados podem agredir as mãos e aumentar a contaminação”, pondera o “Dr. Bactéria”, em alerta ao Dia Mundial de Lavagem de Mãos, que busca mais conscientização das pessoas. Em comemoração ao dia, a Sociedade Brasileira de Dermatologia alerta que as mãos são o principal meio de transmitir os micro-organismos. Isso porque a pele das mãos já possui alguns desses micro-organismos, ainda que não oferecem tantos problemas.

Os adquiridos por descuido, porém, chamados de transitórios, são mais agressivos. A recomendação da infectologista pediátrica é que a higieniza-ção seja feita com álcool em gel, pois é eficaz na remoção de micro-organismos, mas que a boa e velha dupla “água e sabão” não seja deixada de lado. “Se as mãos estiverem visivelmente sujas, o álcool não deve ser usado, mas sim a água e sabão”, destaca Fabianne. A limpeza mais comum garante também a eliminação de células mortas e oleosidade.

Aprendizado desde cedo

Os bons hábitos e a aprendizagem começam desde cedo, especialmente quando são repassados para as crianças. A infectologista pediátrica Fabianne Carlesse orienta que pais, cuidadores e professores estimulem os pequenos para a higienização das próprias mãos, principalmente porque as crianças estão no grupo que têm mais probabilidade de desenvolver infecções e doenças.

“Existem várias formas lúdicas. Músicas e a palavra-cantada, por exemplo, são opções para começar a aprender que isso é importante, e os pais têm de incentivar, cobrar e ser aliados. Se a criança vai comer, ir ao banheiro, tem de lembrar de lavar as mãos”, ensina.

No hospital onde trabalha, Fabianne conta que mascotes e caricaturas ajudam a criança a conhecer a importância dessa simples ação. “Mas as crianças, de modo geral, têm que ter oportunidade, como ter acesso a álcool em gel e à pia”, diz.

Risco

O descuido com a limpeza dos alimentos também é outro meio de adquirir infecções. O biomédico Roberto Martins Figueiredo informa que várias doenças podem ser transmitidas, como cisticercose cerebral (doença parasitária), diarreia, vômitos, síndrome urêmica hemolítica – um tipo de anemia e insuficiência renal aguda, entre outras. Os cuidados devem ser ainda maiores com hortaliças e frutas

Vulneráveis

Pacientes internados possuem o sistema de defesa do organismo mais debilitado. Isso significa que a chance de um vírus, como uma simples gripe, ter um resultado mais agressivo é maior. Pessoas em tratamento de câncer são um exemplo.

“Quando o mecanismo de defesa está mais ativo, é possível controlar e passar pela infecção sem dificuldades. O problema é que a defesa está muito baixa e eles não conseguem lidar como uma infecção normal. Se não controlar, a infecção pode espalhar mais rápido”, explica a infectologista pediátrica Fabianne Carlesse

Como lavar corretamente

:: Molhe as mãos

:: Dê preferência aos sabonetes líquidos (as versões em barra podem guardar germes)

:: Massageie as mãos, esfregando-as bem

:: Enxague

:: Enxugue com papel toalha

Quando fazer a higiene das mãos

:: Ao chegar da rua

:: Quando as mãos estiverem visivelmente sujas

:: Antes de manusear os alimentos e preparar as refeições

:: Após usar o banheiro, trocar fraldas de crianças ou levá-las ao banheiro

:: Mantenha as unhas limpas e, de preferência, curtas

Fonte: Diário da Região