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Entomofagia: consumo de insetos na alimentação

Você já ouviu falar sobre entomofagia? O nome pode soar incomum, assim como o que a palavra significa, mas é algo que pode valer a pena conhecer. Essa prática, nada mais é do que o consumo de insetos na alimentação.

Para a cultura brasileira, comer insetos em primeiro momento pode causar um certo estranhamento, mas é importante se aprofundar melhor sobre o assunto. Um dos produtos dos insetos, o mel, é amplamente consumido no Brasil e os próprios insetos em diferentes fases ou estádios de seu desenvolvimento podem ser consumidos como os ovos, larvas, pupas ou o inseto adulto, dependendo da espécie.

O consumo de insetos tem vantagens relacionadas ao meio ambiente e a sociedade e ao valor nutricional que possuem. A seguir, algumas dessas vantagens:

• Constituem um recurso alimentar natural e renovável;

• Composição com substâncias parecidas com as da carne animal que mais consumimos (como boi, galinha, peixe e porco);

• Possuem grandes quantidades de proteínas, lipídios e também vitaminas;

• Podem ser criados em sistemas de mini fazendas;

• Proporcionalmente, possuem maiores quantidades de proteínas que a carne dos vertebrados;

• Não utilizam extensas áreas de pasto e não necessita de grande consumo de água como a produção de carne dos vertebrados;

• Podem solucionar em grande parte o problema da fome e desnutrição nas regiões mais pobres do mundo.

De acordo com as perspectivas da  FAO – Organização das Nações Unidas para Agricultura e alimentação, a fome provavelmente será um dos maiores problemas que a humanidade enfrentará

no futuro. De 2000 a 2030, o mundo terá que aumentar a produção

per capita de carne em 20%. Há uma perspectiva que até 2030, a produção de aves deva crescer em torno de 40,4%, a bovina 12,7%, a de peixes 19% e a suína 20%, porém em níveis insatisfatórios para alimentar uma população em ritmo acelerado de crescimento.

Dessa forma, se faz necessária a existência de fontes alternativas de proteínas em substituição a uma das mais consumidas, a carne bovina, pois, para atender a um mercado consumidor crescente tem-se desmatado florestas para formação de pastos, principalmente para a criação de bovinos de corte, com isso também há um aumento na quantidade de gases liberados por estes animais durante o processo de ruminação, aumentando o efeito estufa. Quanto à produção de ovos e de aves para abate, tem-se levantado várias questões com relação à sanidade e bem estar desses animais, além de sua alimentação impregnada de substâncias exógenas que quando consumidas pelo homem têm efeitos drásticos à saúde.

O estímulo ao consumo de insetos comestíveis pode diminuir os danos ao meio ambiente, pois além de fonte de alimentação, os insetos também prestam serviços essenciais, tais como a polinização, remoção de esterco e controle de pragas.

O uso sustentável de insetos comestíveis pode beneficiar a conservação dos recursos naturais e, assim, desempenhar um papel importante na conservação da biodiversidade.

Fonte: Infoescola / Contextos da Alimentação – Revista de Comportamento, Cultura e Sociedade / Universidade Federal de Goiás