Atendimento ao Cliente

RJ: (021) 2613-1636 | (021) 2622-8163 / SP: (011) 3237-5026

Panorama

Faça aqui a sua busca


O que são Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA)?

O Ministério da Saúde liberou o Informe 2022 apresentando novos dados sobre Doenças Transmitidas por Alimentos no Brasil. Mas, desta vez uma novidade, uma nova sigla para considerar também a água como transmissor de doenças, a DTHA – Doenças Transmissão Hídrica e Alimentar. Esta mudança é importante e levanta a discussão para lembrarmos que a água também pode transmitir doenças.

As Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA) são todas ocorrências clínicas consequentes à ingestão de alimentos que possam estar contaminados com microorganismos patogênicos (infecciosos, toxinogênicos ou infestantes), toxinas de microrganismos, substâncias químicas, objetos lesivos ou que contenham em sua constituição estruturas naturalmente tóxicas, ou seja, são doenças conseqüentes da ingestão de perigos biológicos, químicos ou físicos presentes nos alimentos.

É considerado surto de DTHA quando duas ou mais pessoas apresentam uma enfermidade semelhante após ingerirem alimentos e/ou água da mesma origem, normalmente em um mesmo local. Para doenças de alta gravidade, como Botulismo e Cólera, a confirmação de apenas um caso já é considerado surto devido à gravidade desses agentes.

Não há um quadro clínico específico para os surtos de DTHA, podendo variar de acordo com o agente etiológico envolvido. Mas quais os sinais e sintomas mais comuns? Náusea, vômito, dor abdominal, diarreia, falta de apetite e febre.

Além desses, podem ocorrer também afecções extraintestinais em diferentes órgãos e sistemas como nos rins (Síndrome Hemolítico-Urêmica), sistema nervoso central (botulismo e toxoplasmose), má formação congênita (toxoplasmose), dentre outros.

Diferentes fatores devem ser observados e evitados por serem determinantes na incidência de surtos de DTHA:

Fatores que influenciam na contaminação por agentes patógenos:

  • Ingredientes crus contaminados;
  • Pessoas infectadas;
  • Práticas inadequadas de manipulação;
  • Limpeza e desinfecção deficiente dos equipamentos;
  • Alimentos sem procedência;
  • Alimentos elaborados contaminados;
  • Recipientes tóxicos;
  • Plantas tóxicas tomadas por comestíveis;
  • Aditivos acidentais;
  • Aditivos intencionais;
  • Saneamento deficiente.

Prevenção

Existem algumas opções de prevenção que incluem práticas de higiene pessoal e coletiva e manejo adequado de alimentos para consumo, tais como:

• Lavar as mãos com água limpa e sabão, principalmente:

– antes de preparar ou ingerir alimentos;

– após o manuseio de carnes cruas ou terra;

– após ir ao banheiro;

– após utilizar transporte público ou tocar superfícies que possam estar sujas;

– após tocar em animais;

– sempre que voltar da rua;

– antes e após amamentar e trocar fraldas;  

• Promover medidas que visem à redução do risco de contaminação de alimentos, em especial no comércio ambulante;  

• Consumir carnes bem cozidas/assadas, água tratada e alimentos, cujas condições higiênicas, de preparo e acondicionamento, sejam adequadas:

– alimentos prontos devem ser armazenados separadamente dos alimentos semiprontos e crus;

– alimentos prontos quentes expostos ao consumo devem ser mantidos a 60°C ou mais por, no máximo, 6 horas e, quando resfriados, mantidos à temperatura inferior a 5ºC por no máximo 5 (cinco) dias;

– alimentos preparados, após cocção, mantidos abaixo de 60°C, devem ser consumidos em até 60 minutos.

– alimentos prontos frios expostos ao consumo devem ser mantidos abaixo de 5°C;

– alimentos perecíveis só podem permanecer em temperatura ambiente pelo tempo mínimo necessário para sua preparação e devem ser armazenados à temperatura de 2°C a 8°C;

– alimentos congelados devem ser descongelados em condições de refrigeração à temperatura inferior a 5ºC ou em forno de micro-ondas;

– os alimentos submetidos ao descongelamento devem ser mantidos sob refrigeração se não forem imediatamente utilizados, não podendo ser recongelados;

– reaqueça bem os alimentos que tenham sido congelados ou refrigerados antes de consumi-los;

– mantenha os ovos preferencialmente refrigerados e não armazenados na porta da geladeira;

– ovos cozidos devem ser fervidos por no mínimo 7 minutos, o consumo de ovo cru ou mal cozido pode causar danos à saúde;

– mantenha os alimentos bem acondicionados e fora do alcance de insetos, roedores e outros animais;

• Higienizar adequadamente as hortaliças (frutas, legumes e vegetais), dando ênfase à esfregação mecânica em água corrente, antes de consumi-los ou prepará-los;

• Desinfectar as hortaliças antes do consumo:

– imergir os alimentos em solução preparada com 10 mL (aproximadamente 1 colher de sopa) de hipoclorito de sódio a 2,5% para cada litro de água tratada;

• Lavar e desinfectar as superfícies, os utensílios e equipamentos usados na preparação de alimentos;  

• Ensacar e manter a tampa do lixo sempre fechada;

– quando não houver coleta de lixo, este deve ser enterrado em local apropriado;  

• Usar sempre o vaso sanitário, mas se isso não for possível, enterrar as fezes sempre longe dos cursos de água;  

• Eliminar fezes de felinos em lixo seguro;  

• Expor as caixas de areia para fezes de felinos ao sol, preferencialmente, diariamente ou sempre que possível;  

• Cobrir as caixas de areia, para recreação infantil, a fim de evitar a contaminação por fezes de animais ou mantê-las expostas ao sol diariamente. 

Fonte: Vigilância Sanitária SC / Ministério da Saúde